Roma, 10 jul (RV)- Continua à deriva, a 15 milhas do litoral da Sicília, o navio Cap Anamur, que alguns dias atrás resgatou 37 náufragos do Sudão.
Hoje e amanhã, dois missionários combonianos e um padre jesuíta vão subir a bordo do navio, para conversar com os náufragos. Um dos missionários, Pe. Spadavecchia, viveu e trabalhou nos campos de refugiados sudaneses por 18 anos. “Há muitos dias, essas pessoas aguardam uma resposta a seu pedido de ajuda; é nosso dever subir a bordo para conhecê-las e ouvir suas histórias”, disse o missionário.
Os refugiados estão a bordo do navio há mais de uma semana, depois de terem sido resgatados pelo navio da associação humanitária alemã, Cap Anamur. Segundo eles, os 37 africanos se encontravam numa balsa à deriva no canal da Sicília, depois de terem partido da Líbia.
Segundo o Ministério do Interior italiano, todavia, não cabe à Itália, mas sim a Malta administrar o caso.
O governo italiano argumentou que, com base nas normas internacionais que regulamentam o socorro à vida no mar, o comandante do navio que encontra uma embarcação em dificuldades, deve fornecer e transportar as pessoas ao porto mais próximo, neste caso Malta. A questão provocou polêmicas políticas na Itália. (BF)
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