Denver, 21 jun (RV)- Os 63 milhões de católicos dos EUA enfrentam a partir desta semana o delicado equilíbrio entre religião e política, depois dos bispos declararem que os políticos católicos têm a obrigação moral de se opor ao aborto.
A Conferência de Bispos Católicos aprovou na última sexta-feira uma declaração sobre “Os católicos na vida política”, segundo a qual os parlamentares devem “proteger os não nascidos” e, portanto, devem se opor ao aborto. Do contrário, serão culpados de cooperar com o mal e de pecar contra o bem comum. A declaração foi aprovada em Denver (Colorado), com 183 votos a favor e seis contra, entre os mais de 300 bispos católicos dos EUA.
O
debate começou em janeiro, quando o Arcebispo de Saint Louis, Raymond Burke, disse
que negaria a comunhão ao senador John Kerry, candidato democrata à presidência. Poucos
bispos aderiram à posição de Dom Burke, mas alguns sugeriram que deveria ser negada
a comunhão aos católicos que votarem em políticos que apóiam a legalização do aborto.
Tal militância contra o aborto pôs a Igreja Católica em uma situação delicada, já que existe uma lei nos Estados Unidos isenta as organizações religiosas de impostos desde que não interfiram na política.
A maioria dos bispos
se manteve em silêncio a respeito, e a declaração da Conferência Episcopal em Denver
deixa, de fato, para cada bispo em sua diocese, a decisão de negar ou não comunhão
a algum político por sua posição pública em relação ao aborto. (SP)
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