2004-06-17 16:53:40

UNICEF: Avança a desintegração das famílias na África


Nova York, 17 jun (RV)- A desintegração das famílias na África é um fenômeno que avança inexoravelmente como conseqüência dos conflitos armados, da pobreza extrema e da epidemia da AIDS, advertiu Rina Salah, funcionária do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

A representante do UNICEF para o oeste e centro da África disse que as famílias africanas já não representam em muitos casos um núcleo de proteção para as crianças, devido às difíceis condições de vida no continente.

Segundo Salah, entre 50 e 60 milhões de crianças africanas se encontram vulneráveis e são vítimas diretas ou indiretas das guerras, do tráfico de seres humanos e da exploração sexual. Os números do UNICEF indicam que 1 milhão de crianças é órfã de um ou ambos os pais por causa da AIDS; dois milhões são exploradas na prostituição e na pornografia e pelo menos 1 milhão e 200 mil trabalham em plantações ou serviço doméstico, entre outros.

Grande parte destas crianças é destinada a outros países do mesmo continente, embora o UNICEF também tenha recebido denúncias sobre crianças africanas que trabalham em países do Golfo Pérsico. Salah sustentou que, diante da magnitude destas tragédias, a solidariedade que era comum no seio da família está desaparecendo, porque não há meios para fazer frente a mais responsabilidades.

O UNICEF comemorou ontem o Dia Mundial da Criança Africana, que lembra um massacre registrado na África do Sul em meados dos anos setenta, em que 600 crianças morreram em protesto pela exclusão do regime do apartheid.

Já apresidente executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Carol Bellamy, lançou ontem, na capital da Etiópia, um projeto chamado “25 para 2005”, cujo objetivo é dar igualdade de oportunidades a meninas e meninos em 25 países africanos. (SP)








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